Oie!
Falei no post passado sobre como está a minha
rotina desde que voltei ao trabalho e iniciei a faculdade, e hoje vou falar
como ficou o Felipe nesta rotina.
Tive 4 meses de licença maternidade e mais 1 mês de férias,
ou seja, quando voltei ao trabalho o Felipe estava com 5 meses. Bem nessa fase,
entre 5 e 6 meses, os bebês começam a entender que ele e a mãe não são a mesma
pessoa, o que causa certa insegurança no bebê. Ele começa entender que a mãe “some”
do seu alcance e ele se sente abandonado. Imaginem na cabeça do bebê o
desespero que são as 8 ou 10 horas (em média) de ausência da sua mãe que
trabalha fora?
Ai Marina você está fazendo
eu me sentir culpada novamente por largar meu bebezinho... Calma! Vamos
racionalizar... Os bebês são seres em desenvolvimento que estão muito no começo
de todas experiências emocionais, sensoriais e motoras que a vida proporciona,
certo? Certo. Tudo o que é novo para nós, que vem repentinamente, assusta não
é? É. Para um adulto essas novidades repentinas, totalmente desconhecidas
muitas vezes assustam também, mas já não causam esse destempero emocional, pois
já temos mais experiência, mais controle das emoções, ou seja, estamos mais
amadurecidos. Os bebês ainda não, então essas experiências têm efeito muito
potente, porém necessário para o desenvolvimento dos nossos tesouros.
Teoria ok, molezinha! Prática = desespero! Afinal, é
desesperador ver a sua cria chorando angustiada e como se não houvesse amanhã.
Dói! Dói muito ver essa maturidade (monstra, malvada, feia, hunf >:( ...) acontecer
no nosso filho.
A minha ausência durante o dia o Felipe parecia não sentir
tanto, pois eu já dava umas saídas de umas 2h para fazer compras por exemplo,
e deixava ele com o meu marido. Mas a noite, o bicho pegava. Acredito que ele
já estava no limite de aguentar a minha ausência e então começava o choro mais
profundo e sem fim do universo.
Segunda-feira é o pior dia, pois vem a seguir de um fim de
semana que ficamos nós 3 (bebê, marido e eu) muito grudados, e claro, na cabeça
do Felipe ele não entende que o final de semana acabou. Segunda era dia de
ranhetagem o dia todo e a noite... choro agudo sem fim.
Na primeira segunda-feira de aula meu marido me ligou
pedindo para voltar para casa, pois o Felipe chorava há 40 minutos. Bastou ele
me ver abrindo a porta de casa e pronto, ele parou de chorar e dormiu, ainda
soluçando, mas exausto. Preciso explicar como ficou meu coração? Felipe parou
de chorar, mas meu marido e eu choramos juntos. Depois de muita culpa e
pensamentos de “vou largar tudo e ficar agarrada no meu filho” ter rolado na
cabeça, respirei fundo, racionalizei e “calma, vai passar”.
E passou! Meu marido adotou estratégias de sair para passear
e distrair o Felipe, aumentou as brincadeiras e o Lipe parece que começou a
entender mais a rotina. As segundas foram mais difíceis de serem entendidas,
mas hoje nem na segunda-feira ele dá mais trabalho. Estabelecer uma rotina de
fazer sempre as mesmas coisas nos mesmos horários com certeza passou segurança
para o bebê e a brincadeira do “Cadê a mamãe? Achoooouuu” também. Sempre que
chego em casa faço um pouquinho dessa brincadeira e acredito que faça ele
entender que a mamãe sempre volta.
Mas e o pai? Não serve
pra nada? Foi esse o sentimento que ficou no meu marido. Papais, vocês são
fundamentais, o bebê sente sua falta com certeza, mas ele já está há mais tempo
acostumado com a sua ausência e retorno, mas essa história com a mamãe é
novidade e até alguns dias atrás eles eram uma coisa só.
O que fica dessa experiência? Que têm fases mais
difíceis, outras mais fáceis, mas que todas passam. Vamos em frente!
Beijos
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