Mamãe sem grilo está grilada! Grilada, emocionada, ansiosa...
Este ainda não é um post sobre como desmamar um bebê do peito da mãe sem traumas, eu realmente espero um dia escrever sobre isso, pois será sinal de que o Felipe mamou além do mínimo de tempo recomendado pelos especialistas que é 6 meses.
Faltando menos de um mês para eu voltar ao trabalho e começar a faculdade eu tenho passado por experiências emocionais de como o instinto materno existe e muito. Por exemplo, terei a sorte de poder deixar o Lipe com a minha mãe enquanto trabalho e com o meu marido enquanto vou para a faculdade e dia desses conversando com a minha mãe sobre como será essa rotina, ela (que infelizmente não conseguiu me amamentar muito tempo no peito) me perguntou como seria essa adaptação do Lipe com a mamadeira e o leite em pó, se eu ia conseguir tirar meu próprio leite e se não seria interessante já começar a "treinar" esse processo para ele não estranhar outra pessoa alimentando ele.
PARA TUDO! Ele estranhar? Não... agora EU estranhar? Meu filhotinho sendo alimentado por outra pessoa? Não ser mais depende exclusivamente do meu peito para se alimentar? Acho que se fosse uma leoa eu teria atacado a minha mãe! Num instinto totalmente egoísta e primitivo de que o meu filho é só meu e ninguém tasca! Logo eu? A Mamãe sem Grilo? O instinto fala mais alto e mais rápido do que a mãe racional.
Entendi o motivo de algumas mães chorarem na porta da escolinha, no primeiro dia de aula, quando o filho vai todo feliz lá para dentro sem nem olhar para trás, e ela na expectativa que ele pulasse no colo dela, chorando, morrendo de medo, louco para ser protegido somente por ela... a SUPER MÃE. #sqñ
Pelo lento ganho de peso do Felipe eu, junto com o pediatra, achei melhor introduzir o complemento com leite em pó agora aos 4 meses de vida dele, pois em várias tentativas de tirar meu leite para armazenar e dar a ele na mamadeira quando eu estivesse ausente (momento dor no coração) eu percebi o quanto é difícil para o meu leite sair, principalmente quando chega no "último leite", que é o mais gorduroso. Talvez por isso o Lipe não estivesse engordando dentro da média das outras crianças (mesmo prematuras como ele), provavelmente quando chegava na hora do leite gordinho, era tão difícil e ele já estava tão cansado de sugar, pois eu percebia mesmo isso, o seu cansaço após uma mamada. E a quantidade de leite também não era não era abundante o suficiente para alimentar o bebê e ainda guardar um tanto na geladeira.
Sentimento: Me senti incapaz. Tantas campanhas para o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses do bebê e eu não vou conseguir ser perfeita, mas aceitei que meu corpo não ia dar conta, por mais água e Plasil que eu tomasse (medicamento por indicação médica!). O pediatra já tentava me convencer da complementação desde os 2 meses do Lipe, mais ou menos, mas eu não aceitava, achava que tinha leite... até o dia que o Felipe não parava de chorar e mesmo depois de 1h30 mamando no peito eu tentei uma mamadeira com leite em pó, para testar se ainda era fome... e era.... Chorei!
No dia seguinte eu, racionalmente, resolvi aceitar que ainda tenho muito amor para alimentar meu menino, através do peito, da mamadeira, das brincadeiras, e que mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer. Me consolei pensando que um bebê ter esse apetite todo é uma bênção, e que o mais importante de tudo é que ele continua saudável. E não vou encarar isso como uma desistência, mas só quero que esse período que ainda tenho de exclusividade para o meu filho não seja regado de estresse comigo tentando produzir mais leite.
Hoje ele ainda está mamando por mais de uma hora no peito e de "sobremesa" vem mais 90ml a 120ml de leite artificial na mamadeira. Já comecei a incentivar o meu marido a dar a mamadeira e assim "dividir" meu filhote nesse momento tão materno.
E vamos que vamos! Sem culpa e feliz!
Beijos
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